Como dizem alguns engraçadinhos que estão se divertindo com a crise política que se instalou na Gávea, não convidem o Presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, e o Presidente do Conselho Deliberativo, Walter Felippe D`Agostinho, para a mesma festa.
Capitão Léo não aceitou o puxão de orelhas que recebeu e em resposta fez uma série de acusações, deixando claro a Walter D`Agostinho que um poder não está subordinado ao outro. "Inicialmente advirto-o de que não aceito sua advertência", avisou.
O e-mail abaixo é uma cópia do enviado ao Presidente do Conselho Deliberativo.
---------- Forwarded message ----------
From: Conselho Fiscal <fiscal@flamengo.com.br>
Date: 08/10/2008 - 18:00
Subject: Resposta ao Of.39/08 CODETo: fiscal@flamengo.com.br
Of. NCF 79/2008
Ilmo. Sr. Walter Felippe D´Agostino
Presidente do Conselho Deliberativo
Inicialmente advirto-o de que não aceito a sua advertência.
O Conselho Fiscal é um Poder e não uma Comissão Fiscal do Conselho Deliberativo, como querem alguns. Estranho Vossa Senhoria falar em Estatuto, quando justamente o Presidente do Conselho Deliberativo o despreza, apesar de ter tirado foto como um dos seus mentores.
A comissão de inquérito a que alude, é um instrumento político que vem se arrastando sem data para terminar, mais uma vez, ao arrepio do Estatuto, pois instaurada em outubro do ano passado ainda não terminou, pois Vossa Senhoria, politicamente, a tem no bolso do colete para brandi-la, como faz agora, visando acuar o Conselho Fiscal.
Devo consignar que, poucos conhecem o estatuto como o signatário, embora, repito, não apareça na foto no final do Livro Vermelho, que muitos gostam de usar como Mao Tsé-tung fazia quando contrariado pelos seus opositores.
Diversamente do que afirma, não há nas normas estatutárias, sistematicamente descumpridas pelos detentores do Executivo, algo que proíba o Conselho Fiscal de convidar conselheiros para assistir às suas reuniões.
Vossa Senhoria interpreta o Estatuto de acordo com as suas conveniências, para não dizer, conforme a determinação do Conselho Diretor. Jamais aponta qual norma o Conselho Fiscal, de fato, transgrediu.
Se Vossa Senhoria desentranhar os requerimentos que dormitam nos seus arquivos, aprenderá que o Conselho Fiscal sempre apontou os artigos que ampararam seus pleitos e suas respostas.
O caso Petrobrás é uma das aberrações que impõe a interveniência do Conselho Fiscal, pois trará ampla desvantagem financeira para o Clube, assim como o caso Ibson, a ONG do Remo, o PRG, o "desconto" de R$ 3.000.000,00 feito a BWA, cuja assinatura do contrato ultrapassa o atual mandato do Presidente do Flamengo.
Isso sim são transgressões estatutárias e o Conselho Fiscal, como manda o art. 115, continuará atento, denunciando todos que infringirem a nossa lei.
Tanto é verdade, que o Flamengo, que em nota oficial havia dito que a Petrobrás o havia liberado para buscar outros parceiros no mercado, após a reunião do Conselho Fiscal se apressou em dizer que estava negociando com aquela empresa, e hoje, segundo o noticiário, o Flamengo e a Petrobrás sentarão à mesa para discutir o contrato, que o Flamengo, de modo oficial, havia afirmado que ela não se interessava mais pela renovação.
Portanto, não há inferência indevida, muito pelo contrário. É dever do Conselho Fiscal tentar abortar decisões temerárias, pois, repito, assim determina o Estatuto em seu art. 115. Lamento que Vossa Senhoria se deixe levar pela política, e tente inverter o curso da história, acusando-nos de agir pensando em futuras eleições.
Vamos fazer a nossa parte. O Conselho Fiscal continuará agindo sempre que detectar prejuízos para o Flamengo. O Conselho Deliberativo respeitando os conselheiros e convocando-os para votar as matérias que, há mais de ano, estão na prateleira.
Atenciosamente
Leonardo Ribeiro
Presidente do Conselho Fiscal
C.C
Presidente de Poderes Conselheiros
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