Leonardo se tornou unanimidade

Como já foi pulicado pela FlaPress, Leonardo não tem tanta moral como alguns julgam ter na Gávea. Depois das entrevistas que deu, sua situação piorou a ponto de tornar unanimidade negativa. Até quem o admirava não quer mais vê-lo pelo clube. Abaixo mais um daqueles e-mails que circulam e são ignorados pela imprensa pautada por empresários e dirigentes.

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From: emilio habibe <emiliohabibe@gmail.com>
Date: 2009/4/18
Subject: Cuidado com os discursos fáceis
To: walteroaquim@yahoo.com.br

Cuidado com os discursos fáceis

As entrevistas ao jornal O Globo e ao SportTV dadas pelo ex jogador Leonardo, atual dirigente técnico do Milan, precisa ser observada com cautela, nas entrelinhas, devido ao "perigoso" discurso cujo objetivo simulado é provocar uma CISÃO no Clube de Regatas do Flamengo. Portanto, é muito importante que nos acautelemos contra essas colocações evasivas.

São palavras fáceis com propostas aparentemente irrecusáveis, mas que visam outros interesses. Embora o assunto possa ser amplamente debatido não é apropriado em ano eleitoral. A princípio, o Flamengo deverá sempre pertencer aos rubros negros, seus sócios, atletas, torcedores que com ele tem permanecido os 365 dias do ano, nos últimos 113 anos de existência.

Devo lembrar que o Flamengo é, financeiramente, viável fato que o Sr. Leonardo desconhece por não conhecer os números do Clube. Só precisa estar em mãos de pessoas sérias, competentes e que tratem as finanças do Clube com respeito, o que não é aptidão dos atuais gestores do Clube. Mas, para que não paire dúvidas sobre o assunto o Sr. Leonardo, dirigente do Milan, se esqueceu de dizer (ou ignora) que o seu clube embora apresente uma receita anual equivalente a R$850 milhões encontra sérias dificuldades para fechar a conta no azul e, não só está disposto a abrir mão de alguns jogadores, como está elaborando um plano de redução dos salários dos jogadores, entre eles, Kaká.

Na entrevista ao jornal Lance (17/04/09) o dirigente Leonardo disse: “Um modelo profissional em que o investidor injeta e administra o dinheiro. Ele pode comprar e vender jogadores, além de uma série de outras coisas” Esta é a confissão empresarial do Sr. Leonardo que mostra, claramente, que tais investidores usarão os clubes como “vitrines” de jogadores a serem valorizados e vendidos. Tudo sob os olhos de uma boa de comissão técnica preparada para tal fim.

Você acredita que empresário veste ou tem amor a camisa? Forma um time, usa a marca do Clube, paga com patrocínios, “vitrina” os jogadores, vende e faz o lucro. Esta é a regra da sociedade capitalista. Volto a lembrar o Sr. Leonardo que não há como se tirar uma instituição do caos se lhe pesa uma gestão de homens incompetentes, inconseqüentes e irresponsáveis com a sua administração e finanças.

Quanto a qualquer proposta separatista para o Clube de Regatas do Flamengo a resposta será sempre um rotundo NÃO. Os Conselheiros e Associados tem plena consciência do fato. Recebo, por e-mail, um nota do ilustre Conselheiro Clóvis Sahione, ex Vice Presidente Jurídico e Procurador do Clube que assim se definiu quanto ao assunto:

Terminei de ler no Jornal O Globo, a entrevista do ex jogador Leonardo,dirigente do Milan da Itália, e discordo frontalmente dos seusenfoques e objetivos. NÃO SE VENDE PAIXÃO. O Flamengo não é um clube da forma que o entrevistado se refere a outros clubes do mundo desportivo.

O Flamengo é emoção, é parte integrante da vida do seu torcedor, da sua personalidade, do seu dia a dia, a existência do Flamengo é vital, há de ser eterna, pois não se trata apenas de um clube, mas de uma quase religião, é manto sagrado, é razão de viver, é alegria e tristeza no dia a dia de um brasileiro, mas o Flamengo não tem torcida localizada, tem torcedores em todo o Brasil, chegando aos dias de hoje a 20% da população brasileira.

Por isso, O FLAMENGO NÃO ESTÁ A VENDA PORQUE NÃO SE VENDE PAIXÃO. O Flamengo é financeiramente viável, só necessita estar em mãos de pessoas sérias, competentes, e que tratem as finanças do clube com respeito. O equívoco do ex-jogador se encontra no resultado dos clubes europeus que partiram para a criação das SADs, Sociedades Anônimas Desportivas, objetivando eliminar as suas dívidas e se converteram numa máquina infernal de gerar mais dívidas.

O próprio patrão do ex-jogador, o Milan da Itália encontra dificuldades para pagar as suas contas e quer reduzir salários de seus jogadores, e o Sr. Leonardo não desconhece esses fatos. Na Espanha, os clubes da Primeira Liga Espanhola geraram dívidas de dois bilhões de Euros e vivem uma situação de insolvência. O Valência deve 550.000.000 de Euros, o Real Madrid deve 450.000.000 de Euros, o Atlético Madrid 300.000.000 de Euros, o Barcelona 180.000.000, o La Coruna 160.000.000 e o Villa Real 150.000.000 de Euros.

O Flamengo deve muito pouco comparativamente. Não existe modelo milagroso. O que existe são administrações incompetentes, não responsáveis. Por todos esses poucos motivos: O FLAMENGO NÃO ESTÁ A VENDA, NÃO SERÁ VENDIDO, PORQUE NÃO SE VENDE UMA PAIXÃO.

CLÓVIS SAHIONE