O Pajé da Gávea está de olho!

Já vi Toninho Baiano, já vi Carlos Alberto Torres, já vi Jorginho e já vi o maior de todos, Leandro. Craques de uma posição que hoje é dor de cabeça para o técnico de nossa seleção. Craques que no passado eram pura sintonia entre suas atuações e a avaliação da torcida e tinham o gol como um momento de reconciliação.
A única coisa que valia era a corrida pra torcida e a explosão de alegria pelo gol feito. “Aí, eu vou pra galera”, era como já dizia Seu Boneco antigo personagem de humor da Escolinha do Professor Raimundo. Era o momento de selar a paz, mesmo que por dentro estivessem morrendo de raiva pelas vaias durante o jogo.
A emoção do gol era maior do que qualquer sentimento, naquele instante o perdão era mutuo e os craques sabiam exatamente a dimensão do respeito que tinham por aqueles que ali estavam dentro do estádio. Infelizmente esses craques já passaram e tivemos que assistir a uma cena lamentável de um jogador que num passado recente sonhava em voltar a vestir a amarelinha, como sonhava em ter a bela Perlla como esposa, mas mostrou-se incapaz para ambas as coisas, como mostrou sua incapacidade de vestir a camisa do maior clube do mundo.
Sua incapacidade só é comparada a da própria diretoria do clube, mas o Flamengo e sua torcida são maiores do que tudo isso. Como se não bastasse a indignação dos torcedores presentes ao estádio, ainda temos as imagens da televisão, que não precisam de nenhum perito em leitura labial para entender o que o pobre desse jogador falou, xingou, esbravejou, o que seja.
Talvez ele seja discípulo do Ronaldo, o fenômeno em fazer e falar bobagens, é só lembrar os acontecimentos recentes. Mas como disse antes, o Flamengo e sua imensa torcida são maiores do que tudo isso, são eternos, e como os velhos e respeitados craques passaram, esse jogadorzinho também vai passar, e num futuro não muito distante nós nos perguntaremos: Quem é Léo Moura?